sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

"Comer, rezar, amar"

" Se você tem a coragem de deixar para trás tudo que lhe é familiar e confortável (pode ser qualquer coisa, desde a sua casa aos seus antigos ressentimentos) e embarcar numa jornada em busca da verdade (para dentro ou fora), e se você tem mesmo a vontade de considerar tudo que acontece nessa jornada como uma pista, e se você aceitar cada um que encontre no caminho como professor, e se estiver preparada, acima de tudo, para encarar (e perdoar) algumas realidades bem difíceis sobre você mesma... então a verdade não lhe será negada."

" A gente não é o que o outro precisa."

"Nós somos infelizes porque achamos que somos meros indivíduos, sozinhos com nosso medos e falhas, com nosso ressentimento e nossa mortalidade. Acreditamos equivocadamente que nossos pequenos e limitados egos constituem toda a nossa natureza. Não conseguimos reconhecer nossa natureza divina mais profunda. Não percebemos que, em algum lugar dentro de nós, existem um EU supremo que está eternamente em paz. Esse Eu supremo é a nossa verdadeira identidade, universal e divina. Se você não perceber essa verdade, dizem os iogues, estará sempre desesperado, ideia expressa de forma inteligente na seguinte frase irritada do filósofo estoico grego Epíteto: 'Você leva Deus dentro de si, seu pobre desgraçado, e não sabe disso'."

"O silêncio e a solidão são práticas espirituais universalmente conhecidas e existem bons motivos para isso. Aprender a disciplinar sua fala é uma forma de evitar que suas energias se esvaiam de você pelo buraco da sua boca, exaurindo você e enchendo o mundo de palavras, palavras, palavras, em vez de serenidade, paz e contentamento."

"Na minha família, eles já desistiram de mim e me classificaram como diferente demais. Criei uma reputação de ser uma pessoa que, se alguém diz a ela para fazer alguma coisa, quase certamente fará o contrário. Também sou muito esquentada. As pessoas me consideram uma garota difícil. Tenho a reputação de precisar ouvir um bom motivo para fazer alguma coisa antes de fazer. Minha mãe entende isso em mim e sempre tenta dar boas razões, mas meu pai não entende. Ele me dá razões, mas razões que eu não considero boas o suficiente. Às vezes me pergunto o que estou fazendo na minha família, porque não me pareço em nada com eles."

"Talvez todos devamos parar de tentar retribuir às pessoas deste mundo que apoiam nossas vidas. No final das contas, talvez seja mais sábio se render à milagrosa abrangência da generosidade humana e simplesmente continuar dizendo obrigada, para sempre e com sinceridade, enquanto tivermos voz."

(Trechos do livro COMER, REZAR, AMAR, de Elizabeth Gilbert)

Nenhum comentário:

Postar um comentário