"Então, o que pode ser considerado dança hoje em dia? Tudo."
"(...) É dança (...) desde que essa dança seja feita com a intenção de aprimorar a arte, e não apenas como expressão pessoal de um modismo passageiro."
"É dança o que de bom se fez no passado, o que de bom se faz agora e o que de bom se fará no futuro, e será aquilo que contribuir efetivamente, aquilo que se somar positivamente às experiências vividas por gerações de artistas que dedicaram suas existências ao plantio e cultivo de uma arte cujos frutos surgem agora, não apenas nos nossos palcos, mas nas telas dos nossos cinemas e dos nossos televisores, deixando de ser algo cultivado por uma pequena elite para se transformar num meio de entretenimento dos mais populares nas últimas décadas."
(...) Qual seria a melhor forma de apreciar a dança? O ideal seria que o apreciador possuísse conhecimentos históricos e técnicos que lhe permitissem usufruir plenamente o espetáculo representado à sua frente. (...) No entanto, gosto não se discute (...) todos temos o direito de eleger a forma de dança que mais nos agrada e a ela dar o nosso patrocínio. Só não temos é o direito de denegrir aquilo que menos nos agrada em favor do nosso gosto pessoal. Não gostar de uma coisa não nos dá o direito de chamá-la de "droga" ou de "horrível", principalmente porque há outras pessoas para quem o inverso é a verdade."
"(...)A dança, como todas as artes, deve ser repetitiva, no sentido de que uma boa obra deve despertar a vontade de revê-la sempre (...) Caso contrário, deixa de ser arte e passa a ser peça de consumo, que se usa e se joga fora. Isso seria a negação completa da dança como arte, um retrocesso intelectual indigno da nossa era."
"(...) A curiosidade artística de cada um de nós não deve ser cerceada pela opinião de quem quer que seja."
- FARO, Antônio José. Pequena História da Dança, 7ª Edição. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
Contribuição de Tauani de Aquino Lacerda - Graduanda do Curso de Licenciatura em Dança da UFRGS
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