Atualmente não se vê mais a
dança como ato sagrado, religioso, sacramental. A dança caiou no gosto popular,
disseminou-se pela mídia, assim, tornando-se atividade física, lúdica e
benéfica à saúde pelos fins curativos, uma vez que é antídoto para os
malefícios da alma. Há inúmeras escolas de dança, diversas formas de
expressar-se através do movimento, concursos, mostras culturais, causas essas
que puseram fim a dança como ato ritualístico, pois, conforme Wosien, 1996,
“quando o rito se transforma em mero espetáculo que tenta exercer influência
sobre o homem, ao invés de comungar com Deus, destrói-se e seu poder universal
de desintegra”. As danças árabes, por exemplo, nasceram como forma de rituais
de fertilidade, onde somente as mulheres dançavam, tendo diversas formas de
celebração, como casamentos, por exemplo, dançava-se com um candelabro na
cabeça, no ritmo ZAFF, em forma de bênção e prosperidade ao casal. Não
obstante, conforme DANTAS, já no século XVII, Luís XIV profissionalizou a dança
e o balé tinha como público alvo a elite. Assim, a dança foi perdendo sua
característica ritual passando a ser, antes de tudo, profissional.
Cíntia Duarte
REFERÊNCIAS
WOSIEN,
Maria-Gabriele. Danças Sagradas: Encontro com os deuses. MADRID: Edições
Delprado. 1996.
DANTAS, Mônica. Toda
mudança desse dia, uma dança. In: II Encontro Nacional de História do Esporte,
Lazer e Recreação, 1994, Ponta Grossa. Coletânea do II Encontro Nacional de
História do Esporte, Lazer e Recreação. Ponta Grossa: Universidade Federal de
Ponta Grossa, 1994. p. 105-115.
Nenhum comentário:
Postar um comentário