terça-feira, 18 de setembro de 2012

Dançar faz bem!!!



Nem sempre vista como uma forma de exercício, mas antes uma atividade social, de competição ou de lazer, dançar é, para além de uma arte, um forte aliado da nossa saúde. São muitos os benefícios que a dança traz para quem a pratica e para ajudar a convencê-lo, reunimos os top 5 motivos.




1.Perda/manutenção de peso. Para além de ser um hobby divertido, uma forma de conhecer pessoas e aprender coisas novas, dançar é, no fundo, um exercício físico como qualquer outro. Ora vejamos: os seus mil e um movimentos contribuem para a aceleração do coração (qual aeróbica!) e, como os diferentes tipos de dança incidem especificamente e de forma repetida sobre diferentes áreas do corpo, os músculos são facilmente tonificados. Por isso mesmo, uma sessão de dança queima tantas calorias como uma caminhada, uma sessão de natação ou de ciclismo. Se pretende perder peso com recurso à dança, é importante estudar bem o estilo que melhor se adeque a si antes de se escrever em aulas – por exemplo, uma aula ritmada de salsa irá queimar mais calorias do que uma aula tranquila de ballet.

2.Flexibilidade. Ser flexível é um elemento chave da nossa saúde e, embora a dança requeira já bastante flexibilidade, só o fato de a praticar torna qualquer dançarino naturalmente mais flexível. Por norma, as aulas de dança iniciam com uma sessão de aquecimento, ou seja, vários exercícios de alongamento, de forma a preparar o corpo para o que aí vem. É importante que qualquer bailarino consiga uma grande amplitude de movimentos, porque a dança assim o exige. Quanto maior essa amplitude, mais facilmente conseguirá contrair e esticar cada grupo de músculos trabalhado. Com tamanha flexibilidade, sentirá que o seu corpo estará apto a dançar sem parar e é a saúde que ganha com isso.

3.Força. Juntamente com a flexibilidade vem a força, sendo que esta é a capacidade que um músculo tem para exercer força contra uma resistência. No caso da dança, a força ganha-se à medida que o bailarino trabalha os músculos, para que estes possam resistir à força do seu próprio peso. Pense nos saltos, cambalhotas e trabalho de pernas que é exigido de um dançarino, para não falar nas vezes que tem de pegar em e lançar o seu par. Quem pratica dança, torna-se gradualmente mais forte e mais força é igual a mais saúde.

4.Resistência. Na sua base, a dança é uma forma de exercício físico e, como sabemos, qualquer tipo de exercício físico aumenta a resistência do corpo e do organismo. Resistência é a habilidade que os músculos têm de trabalhar durante mais tempo, sem se ressentirem ou queixarem-se de cansaço. Por isso mesmo, qualquer tipo de dança – mas principalmente os gêneros mais vigorosos, porque põem o coração a trabalhar – são perfeitos para aumentar a sua resistência. Uma pessoa mais resistente é uma pessoa com saúde para dar e vender.

5.Bem-estar geral. Dançar sempre foi uma actividade alegre e bem-disposta: promove o convívio social, alia música a movimentos mágicos para um resultado final surpreendente. Mais flexibilidade, força, resistência e um corpo tonificado (que sabe dançar!) contribui, em larga escala, para aumentar os níveis de auto-estima e de energia positiva de qualquer bailarino. Com benefícios físicos (todos aqueles já mencionados) e emocionais (alivia o stress e a tensão, permite a criação de relações sociais e aumenta a autoconfiança) dançar é ser saudável, por dentro e por fora.




Por que o Ballet?



São inúmeras as razões para a prática do ballet e a principal delas é o prazer de dançar!


O ballet clássico é a base de todas as danças.

Proporciona postura,equilíbrio,leveza e flexibilidade.

Desenvolve a inteligência, a disciplina,a musicalidade e a sensibilidade.

Os praticantes ficam envolvidos com a arte, indispensável para a vida.

Todos podem praticar independente de condições físicas, talento, sexo ou idade.

O ballet ajuda no cuidado com o corpo e a lidar com as emoções.

Podemos concluir que o ballet faz bem ao corpo e à alma !


O movimento compõe a natureza humana na sua essencialidade e, quando bem orientado, é uma ferramenta que só traz benefícios ao corpo. Cada pessoa reúne uma série de características que a direcionam a executar com mais ou menos facilidade os exercícios, que são seqüências de movimentos. A dança é uma manifestação artística que utiliza como linguagem o próprio corpo em toda a sua extensão, como transmissor de sentimentos, movimentos e vivacidade.


O ballet clássico proporciona a conscientização corporal e aprimora as condições pessoais, como a postura, a flexibilidade e o equilíbrio. O trabalho envolve todos os grupos musculares, em execuções harmoniosas, que proporcionam o crescimento consciente e a aceitação do limite corporal. O estudo contínuo do ballet clássico desenvolve o raciocínio físico, a criatividade e a sensibilidade. Para obter resultados positivos com a prática do ballet é imprescindível o ensino qualificado, com professores preparados e experientes.

Entretanto, a principal contribuição que a mais bela modalidade de dança já criada pelo homem tem a oferecer a seus praticantes está na sua formação cultural, no aguçamento de sua sensibilidade, no fortalecimento de sua autoconfiança e no desenvolvimento de capacidades como a disciplina e a concentração.

A dança, a mais antiga e completa das artes, é considerada a primeira manifestação corporal do emocional humano. Esta arte, que também é uma forma de exercício, é rica em estímulos possibilitando desenvolver em seus praticantes seus aspectos: cognitivos, físicos, motores, psicossociais e culturais, promovendo de forma diferenciada e criativa sua formação integral.




Danço...

Mais dicas para uma boa bailarina

Ser uma boa bailarina requer disciplina, treino, prática e paixão. Estas 6 dicas vão ajudar quem adora dançar, a focalizar a atenção nos aspetos que são realmente importantes para ser uma bailarina cada vez melhor.


1.Uma boa escola: uma boa bailarina requer uma boa escola, por isso, se o seu sonho é pisar os melhores palcos, invista na melhor formação. Antes de se inscrever, procure as escolas com as melhores referências, os professores com mais nome no mundo da dança. Este é um investimento que valerá a pena…

2.Aprenda com os outros:  para além de um excelente professor, tornar-se uma bailarina melhor também passa pela observação de  outros bailarinos. Veja filmes, programas de televisão, competições e espetáculos de dança ao vivo – veja tudo o que puder, aproveitando para observar bem a postura, as técnicas e os movimentos dos bailarinos. Aproveite para usar aquilo que viu e aprendeu nas suas próprias coreografias.

3.Melhore a postura: a postura é tudo numa bailarina e é preciso mantê-la corrigida e alinhada sempre! Como? Costas direitas, ombros para baixo e para trás, cabeça levantada. Isso vai refletir-se positivamente cada vez que pisar o palco para dançar.

4.Alongamentos diários: o corpo de uma bailarina é o seu bem mais precioso e a sua principal ferramenta de trabalho, por isso, precisa de estar em forma! Os alongamentos diários podem muito bem ser o segredo do sucesso de muitos bailarinos, pois garantem maior flexibilidade ao corpo, o que por sua vez vai refletir-se na forma como dança: quanto maior a flexibilidade do corpo de uma bailarina, mais fácil será efetuar qualquer tipo de movimento e passos, sendo que esses vão ser elegantes e não vão parecer esforçados, mas naturais. O sonho de qualquer bailarina de sucesso, não é verdade?

5.Aperfeiçoe a técnica: aquilo que separa uma boa bailarina de uma bailarina excelente é, sem dúvida, a técnica. Saber dançar os passos de uma coreografia é fundamental, mas executar esses passos na perfeição é aquilo que o pode tornar uma bailarina fora de série. Pratique, pratique, pratique…

6.Relaxe e entregue-se: dançar é uma arte e cada coreografia conta uma história – é assim que uma bailarina se expressa e é assim que cativa e emociona quem o vê. Mas, para conseguir transmitir tudo isso, é essencial estar completamente relaxada, entregue-se à música e à sua paixão. Respire fundo, sorria, deixe-se levar… afinal de contas, dançar também faz bem à saúde!


Street dance emagrece e fortalece os músculos

Desenvolva força, agilidade, flexibilidade e resistência com a atividade!




Febre nos anos 90, o street dance continua sendo uma excelente opção para quem quer praticar um exercício físico com significativo gasto calórico, mas prefere a dança à academia ou à piscina, por exemplo. Música pulsante, movimento ritmado e espaço para a criatividade estão entre as principais características da modalidade. "É um dos únicos tipos de dança que te proporcionam liberdade de se expressar, já que não existem passos exatos.Assim, os iniciantes não têm muita dificuldade", explica a professora de street dance Andréia Soares.


Segundo a especialista, em uma hora de aula é possível perder até 400 calorias. "Como qualquer dança, o street exige disciplina, mas é muito divertido, até porque quem procura geralmente já tem um gosto especial pela dança ou uma vontade grande de aprender". Além de eliminar calorias, a modalidade ainda fortalece a musculatura. A professora diz que o street dance trabalha todos os grupos musculares, pois o corpo inteiro é usado quando se dança.

Street dance emagrece e fortalece os músculos Força, agilidade, flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora e resistência são algumas das qualidades desenvolvidas com o street dance. O resultado, porém, depende do empenho que cada pessoa coloca nos movimentos. "Quando você pratica algo no qual está realmente interessado, não se importa com o cansaço e segue em frente. E é isso que acontece nas aulas de street", afirma Andréia.

A professora ressalta, porém, que ficar em forma não é o principal foco da modalidade. "A dança mexe com a autoestima e a confiança. Cada vez que você aprende a fazer algum movimento que considerava impossível de realizar é uma superação", diz. Além disso, a dança também proporciona socialização.

Street dance emagrece e fortalece os músculos Para começar a dançar street dance, garante Andréia, só é preciso vontade. "Não há limites para prática dessa atividade, apenas adequação de acordo com nível de aprendizado e faixa etária, a partir de oito anos", observa. "O street é indicado para todas as idades, só basta ter um espírito jovem", afirma.

As aulas são bastante dinâmicas, com músicas de batidas fortes, geralmente hip-hop. Mas, como em praticamente todas as classes de dança, movimentos precisam ser repetidos com frequência para que os alunos sintam-se seguros em executá-los. "Cada pessoa tem seu tempo para aprender. Algumas demoram mais e outras menos para conseguir fazer os passos. Mas isso é normal, ninguém deve se cobrar mais do que pode", lembra a professora.

Roupas que permitam movimentações de grande amplitude e facilitem a evaporação do suor são essenciais para garantir conforto durante a aula.

Como em qualquer outra atividade física, há risco de lesões, principalmente nos joelhos, pés e tornozelos. Porém, alongamento antes e depois e orientação de um professor especializado diminuem a chance de a pessoa se machucar.




Locking Dance

Locking surgiu no início dos anos 70, em Los Angeles, Califórnia, criado por Don Campbell que em 72 formou o grupo The Lockers, o primeiro grupo profissional de street dance na história. Claramente se vê no Locking a influência do Funk. Segundo Shabba-Doo (Ozone no filme Break Dance), membro do The Locking, existia um passo de Funk chamado Funky Chicken (algo como Funk da galinha) o que obrigou Don a fazer o primeiro passo do estilo. Muitos passos foram adicionados como: movimentos de braços minucios/s, usando os cotovelos, mãos e dedos, e é claro muito Funk nos pés. O The Lockers se apresentaram muito no programa “soul Train” de uma TV americana, fizeram shows com James Brown, Pariament, Frank Sinatra, Funkadelie, e influenciaram muitos dançarinos pelo mundo. O Locking é a Street Dance mais antiga e mais clássica. É difícil ver por aí, hoje em dia Lockers dançando, já o Breakin e o Poppin são mais comuns.


Apesar de Don Campbell ser o criador, outros dançarinos deram sua contribuição para o Lockin, como um cara chamado Scooby-Doo e outros chamados Skeeter Rabbit que criaram passos que levam seus nomes. Em todos os estilos de dança saber o básico é importante, mas no Lockin isso é primordial, pois só assim você entenderá a verdadeira forma desta dança.



Locking é um estilo de dança muito elaborado.Seguem abaixo os principais movimentos da dança:

Alpha / Applejax: Quando se chuta a perna, ficando em posição agachada, enquanto a parte superior do corpo vai para trás, sendo suportado pelas duas mãos.

The Skeeter Rabbit: Um pontapé e um movimento de pulo.

Box split: Uma semidivisão feita com uma perna inclinada, que possibilita o dançarino se levantar novamente em um movimento rápido.

Crazy horse: Alternando chutes para os lados com as pernas direita e esquerda, com a parte superior do corpo posicionada com os braços na frente como se mantivesse o controle.

Hop kick: Um elevado e rápido chute de uma perna enquanto fica em uma posição de pé.

Lock: Flexionam-se os cotovelos ou joelhos ficando com os braços formando um círculo inclinado, como se erguesse um objeto pesado.

Scootbot: Saltar ao fazer um movimento de um passo exagerado para a esquerda ou para a direita.

Stomp the cockroach: Agachar-se com o joelho, com a outra perna indicando para o lado, batendo (quicando) então no chão.
Scooby doo: Fazer uma posição adiantada com os pés, e posteriormente fazer uma “trava” (lock).

Scooby walk: Andando para frente, parando e dobrando.






segunda-feira, 17 de setembro de 2012

BALLET CLÁSSICO



Dança, Saúde de Corpo e Alma. Mais do que um slogan, uma verdade absoluta. Mais do que uma expressão artística, um cuidado necessário.


O ballet clássico é o desenvolvimento e a transformação da dança primitiva, que baseava-se no instinto, para uma dança formada de passos diferentes, de ligações, de gestos de figuras previamente elaborados para um ou mais participantes. A história do ballet começou há 500 anos atrás na Itália. Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes com espetáculos de poesia, música, mímica e dança. Esses divertimentos apresentados pelos cortesãos eram famosos por seus ricos trajes e cenários muitas vezes desenhados por artista célebre como Leonardo da Vinci. O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon.

Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo vestuário feito com material e ornamentos pesados. Era importante que os membros da corte dançassem bem e, por isso, surgiram os professores de dança que viajavam por vários lugares ensinando danças para todas as ocasiões como: casamento, vitórias em guerra, alianças políticas, etc. Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha da França, introduziu esse tipo de espetáculo na corte francesa, com grande sucesso.


O mais belo e famoso espetáculo oferecido na corte desses reis foi o "Ballet Cômico da Rainha", em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6 horas e fez com que rainha fosse invejada por todas as outras casas reais européias, além de ter uma grande influência na formação de outros conjuntos de dança em todo o mundo. O ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada vez mais o aprimorava em ocasiões especiais, combinando dança com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV. Luiz XIV, rei com 5 anos de idade, amava a dança tronou-se um grande bailarino e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da corte.

A partir daí tomou parte em vários outros ballets aparecendo como um deus ou alguma outra figura poderosa. Seu título " REI DO SOL", vem do triunfante espetáculo que durou mais de 12 horas. Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia real de Música e 8 anos mais tarde, a escola Nacional de Ballet. O professor Pirre Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do Ballet clássico. A dança se tornou mais que um passatempo da corte, se tornou uma profissão e os espetáculos de ballet foram transferidos dos salões para teatros. Em princípios, todos os bailarinos eram homens, que também faziam os papéis femininos, mas no fim do século XVII, a Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que ganharam logo importância, apesar de terem seus movimentos ainda limitados pelos complicados figuri>no. Uma das mais famosas bailarinas foi Marie Camargo, que causou sensação por encurtar sua saia, calçar sapatos leves e assim poder saltar e mostrar os passos executados.

Com o desenvolvimento da técnica da dança e dos espetáculos profissionais, houve necessidade do ballet encontrar, por ele próprio, uma forma expressiva, verdadeira, ou seja, dar um significado aos movimentos da dança. Assim no final do século XVIII, um movimento liderado por Jean-Georges Noverre, inaugurou o "Ballet de Ação", isto é, a dança passou a ter uma narrativa, que apresentativa um enredo e personagens reais, modificando totalmente a forma do Ballet de até então. O Romantismo do século XIX transformou todas as artes, inclusive o ballet, que inaugurou um novo estilo romântico onde aparecem figuras exóticas e etéreas se contrapondo aos heróis e heroínas, personagens reais apresentados nos ballets anteriores. Esse movimento é inaugurado pela bailarina Marie Taglioni, portadora do tipo físico ideal ao romantismo, para quem foi criado o ballet "A Sílfide", que mostra uma grande preocupação com imagens sobrenaturais, sombras, espíritos, bruxas, fadas e mitos misteriosos: tomando o aspecto de um sonho, encantava a todos, principalmente pela representação da bailarina que se movia no palco com inacreditável agilidade na ponta dos pés, dando a ilusão de que saía do chão.

Foi "A Sífilde" o romantismo o primeiro grande ballet romântico que iniciou o trabalho nos sapatos de ponta. Outro ballet romântico, "Giselle", que consagrou a bailarina Carlota Grisi, foi a mais pura expressão de período romântico, além de representar o maior de todos os teste para a bailarina até os dias de hoje. O período Romântico na Dança, após algum tempo, empobreceu-se na Europa, ocasionando o declínio do ballet. Isso porém, não aconteceu na Rússia, graças ao entusiástico patrocínio do Czar. As companhias do ballet Imperial em Moscou e São Petersburgo (hoje Leningrado), foram reconhecidas por suas soberbas produções e muitos bailarinos e coreógrafos franceses foram trabalhar com eles. O francês, Marius Petipa, fez uma viagem à Rússia em 1847, pretendendo um passeio rápido, mas também tornou-se coreógrafo chefe e ficou lá para sempre. Sob sua influência, o centro mundial da dança transferiu-se de Paris para São Petersburgo.

Durante sua estada na Rússia, Petipa coreografou célebres ballets, todos muito longos (alguns tinha 5 ou 6 atos) reveladores dos maiores talentos de uma companhia. Cada ballet continha danças importantes para o Corpo de Baile, variações brilhantes para os bailarinos principais e um grande pas-de-deux para primeira bailarina e seu partner. Petipa sempre trabalhou os compositores e foi Tchaicowsky que ele criou três dos mais Importantes ballets do mundo: a "Bela Adormecida", o "Quebra-Nozes" e o "Lago dos Cisnes". O sucesso de Petipa não foi eterno. No final do século ele foi considerado ultrapassado e mais uma vez o ballet entrou em decadência. Chegara o momento para outra linha revolucionária, desta vez por conta do russo Serge Diaghilev, editor de uma revista de artes que, junto com amigos artistas estava cheio de idéias novas pronta para colocar em prática. São Petersburgos porém não estava pronta para mudanças e ele se decidiu por Paris, onde começou por organizar uma exposição de pintores russos, que foi um grande sucesso. Depois promoveu os músicos russos, a ópera russa e finalmente em 1909 o ballet russo.

Diaghilev trouxe para a audiência francesa os melhores bailarinos das Companhias Imperiais, como Ana Pavlova, Tamara Karsaviana e Vaslav Nijinsky e três grandes ballets sob direção de um jovem brilhante coreógrafo Mikhail Fokine, a quem a crítica francesa fez os melhores comentários. Os russos foram convidados a voltar ao seu país em 1911 e Diaghielev formou sua própria Companhia, o "Ballet Russo", começando uma nova era no ballet. Nos dezoito anos seguintes, até a morte de Diaghilev, em 1929, o Ballet Russo encantou platéias na Europa e América, devendo a sua popularidade à capacidade do seu criador em descobrir talentos novos, fragmento-se depois por todo o mundo. No momento atual as peças de ballet são cheias de variedades e contrates. Trabalhos antigos como "Giselle" e o mundo inteiro ao lado de outros, como os baseados em romances de Shakespeare e ainda criações recentes assinadas por coreógrafos contemporâneos e dançadas também por bailarinos do nosso tempo. Qual será próximo passo? Na sua longa história, o ballet tomou muitas direções diferentes e, por ser uma arte muita viva, ainda continua em mudando. Mas, apesar das novas danças e das tendências, futuras existe e existirá sempre um palco e uma grande audiência para os trabalhos tradicionais e imortais.








DANÇA DE RUA PORTO ALEGRE



Pessoal, bem interessante a pesquisa da Natália Athayde Porto da Faculdade de Ed. Física da UFRGS, dêem uma olhada aí e ampliem seus conhecimentos.

"A DANÇA DE RUA EM ACADEMIAS E ESCOLA DE DANÇA DE PORTO ALEGRE: DO INÍCIO ATÉ A ATUALIDADE."

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27710/000766469.pdf?sequence=1

STREET DANCE

O conjunto de estilos da dança de rua recebe o nome de Street Dance, esses estilos se desenvolvem na realidade gestual do indivíduo, através de movimentos coordenados e harmoniosos, o que faz do corpo uma forma de comunicação.


O Street Dance é uma dança criada, inicialmente, pelos breakers. Foi desenvolvida nas disputas e performances de suas festas. Trata-se de um estilo de vida com vestimenta, música e linguajar próprios (ROCHA et al, 2001; HERCHMANN, 1997). É caracterizada por quatro elementos que se dividem em três categorias: música -Rap (DJ's e MC's), artes plásticas - Grafite e dança - Street Dance (vários estilos).

De acordo com Vianna (1997), o Street Dance não surgiu tão remotamente como o Ballet Clássico, mas também não se trata de algo muito recente.

Grande parte dos negros pertencentes às fazendas do Sul dos EUA, entre 1930 e 1940, migrou para os grandes centros do norte do país. O chamado Blues, sua música rural, originou o Rhytm and Blues. Pertencente até então somente à cultura negra, esse estilo foi levado às rádios e ao convívio dos jovens brancos da época - onde havia grande separação racial (VIANNA, 1997).

Famosos músicos que se utilizavam da dança, das vestimentas e da música negra, como Elvis Presley, James Browm, Ray Charles e Sam Cooke, contribuíram também para o surgimento do Rock & Roll.

Ainda de acordo com Vianna (1997) observa-se a permanência do Rhytm and Blues, embora muitos negros tenham o diferenciado da sonoridade do Rock. Nota-se a surpreendente união do Rhytm and Blues (então considerado profano) com o Gospel (música negra religiosa), originando o Soul, filho de dois mundos contraditórios.

Enquanto, na década de 60, o cenário histórico apresentava discussões sobre direitos civis e derrotas na Guerra do Vietnã, o Soul e os Panteras Negras (Black Panters) estavam se expandindo. Rocha et al (2001), explica que o movimento dos Panteras Negras baseou-se nas idéias de Mao Tse-Tung, com o objetivo de defender o poder negro (Black Power), permitindo liberdade de decisão com relação aos brancos. Tratava-se de um estilo musical puramente revolucionário.

O autor também menciona a perda da pureza do Soul e sua transformação em um termo vago, igualado à Black Music da época; passou a representar, para alguns negros, um produto comercial. Da mesma forma, "Funk", como gíria, deixa de ser pejorativa e passa a representar o orgulho negro. A roupa; o modo de andar; residir em determinado bairro da cidade; o modo de cantar e dançar caracterizavam o "ser Funk". O Funk era apreciado principalmente pelos adeptos do Soul, pois utilizava um ritmo marcado por arranjos agressivos, o que radicalizava a proposta inicial.

De acordo com Ejara (2004), o Funk remete sua alma (Soul) à descrição de temas do cotidiano, atuais, através de formas metafóricas inspiradas no bom humor. Era chamado também de Social Dance, pois possibilitava a dança a qualquer pessoa.

No Street Dance, de estilos diversos, originais e contemporâneos, encontram-se influências do Funk. Analogamente, hoje, o Funk está para o Street assim como o Ballet está para as danças acadêmicas, e pode ser considerado base para o seu desenvolvimento.

As origens

Conforme Alves (2004), encontra-se, no Street Dance, um indício de origem jamaicana. Assim como os Estados Unidos, a Jamaica passava por conflitos civis e políticos, em que eram comuns os Disco-mobiles (carros de som semelhantes ao Trio elétrico brasileiro) e Talk Over (canto falado com mensagens políticas).


Kool Herc, jamaicano fugido das lutas civis do país por volta de 68 e 69, chega aos EUA trazendo às ruas as primeiras Block Parties (festas de quarteirão), no Bronx, assim como os Disco-mobiles.

Por haver, no bairro, brigas de gangues na disputa de territórios, com agressões e mortes, um precursor do movimento cultural Hip Hop, Afrika Bambaataa, contribui para que as gangues resolvam suas diferenças através da dança, chamadas "batalhas", disputas dançantes em que um dançarino "quebra" o outro, no sentido de dificultar a movimentação (batalhas de break) dentro das Block Parties. Com isso, a violência entre as gangues ameniza-se pouco a pouco (VIANNA, 1997).

O Hip Hop (SHUSTERMAN, 1998) começou a se destacar nos anos 70, em meio à era disco, partindo do gueto nova yorkino do Bronx para Harlem e Brooklin e, futuramente, para o mundo. A chamada cultura Hip Hop, em 1974, ganha vida e é fundado o Zulu Nation1, criam-se então os quatro elementos (ALVES, 2004; SHUTERMAN, 1998; ROCHA et al, 2001).


Os Quatro Elementos - Rap (DJ's e MC's), Grafite e Street Dance

O Rap (Ritmo e poesia) constitui-se por uma fala ritmada e rimada, com expressões que refletem a realidade do jovem. Kool Herc o trouxe (por meio dos Toasters) nas Block Parties.

Os DJ's (discotecários) manejavam aparelhos de mixagem durante festas, com o intuito de produzir novas músicas e sons, com indumentária própria. (ALVES, 2004; SHUTERMAN, 1998; ROCHA et al, 2001; VIANNA, 1997).

Os Grafites eram demarcações de territórios entre gangues rivais, através de Tags (assinaturas) que, aos poucos, transformaram-se em forma de expressão artística (CIRINO, 2005).


Dança - Street Dance

Paralelamente aos outros elementos, o Street Dance, nas Block Parties e metrôs de Nova York, teve sua origem (VIANNA, 1997).

Os primeiros dançarinos (Breakdancers e B. Boys) protestavam contra a guerra do Vietnã através da teatralidade de cada passo, que representava uma violência física ao soldado, um dano causado, ou demonstrava seus ferimentos (ROCHA et al, 2001).


Já Ejara (2004) o entende como falso patriotismo americano, pois os movimentos e estilos seriam derivados do Funk, desenvolvendo-se em outros estilos/modalidades, nas situações vividas por seus criadores. Ele define o Street Dance como uma terminologia geral dividida em vários estilos/modalidades. Comparando-se: o Balé (como terminologia geral) seria o que agrega os estilos/modalidades chamados de Neoclássico, Repertório, Moderno, etc.


Estilos/modalidades

De acordo com Ejara (2004) os estilos/modalidades dividem-se desta maneira:
Locking: criado por Don Campbellock, na cidade de Los Angeles (Estados Unidos), em finais de 60. Originado do Funk, especificamente de um passo chamado Funky Chicken.

Brooklyn Rock (Up Rocking): criado por dançarinos (Rockers), Rubber Band e Apache, entre 67 e 69, no bairro do Brooklyn, na cidade de Nova York (Estados Unidos), como movimentos de disputa2.

Popping: criado por Boogaloo Sam, nascido em uma pequena cidade da Califórnia, Fresno. O dançarino possuía, no início dos anos 70, seu grupo de Locking, quando em meados de 75 passou a criar seu estilo próprio, e seu grupo, antes chamado de Electronic Boogaloo Lockers, tornou-se Electric Boogaloos. Movimento caracterizado pela contração muscular.

Boogaloo: também criado por Boogaloo Sam na mesma época, ao observar o andador de um homem velho pela rua e seu movimento. Caracteriza-se por movimentos circulares do quadril.

B-Boying ou B-Girling (Breaking): surgido entre os anos de 75 e 76, no Bronx (Nova York). O Break Boy ou Break Girl veio do termo Break/B. (trecho de música, na maioria das vezes instrumental, que valorizava mais a batida e a linha de baixo). Ficaram conhecidos como B.Boy e B.Girl, os garotos e garotas (dançarinos), por dançarem no break da música.

Freestyle (estilo livre): originado em meados de 80 na chamada Golden Age (Era de Ouro). Tal nome se deve ao fato de esse estilo/modalidade de dança ser baseada em toda a forma de Social Dance ou Street Dance. Trata-se da modalidade mais freqüente na mídia hoje, em Videoclipes de música Rap, R&B e Pop (filme Honey de 2003). Não é dançada somente no acento rítmico da batida, mas também nas convenções vocais e instrumentais da música.

O Street Dance no Brasil

De acordo com Alves (2004), os responsáveis pela "importação" do Street Dance ao Brasil trouxeram-no dos EUA, lá aprendiam a dançar em pistas de grandes casas noturnas, nos bairros de maior concentração de brasileiros. Nelson Triunfo, entre 70 e 80, leva a dança, do meio mais abastado, ao resto do país. Triunfo devolve o Break à rua, seu lugar de origem. Parte para o interior da Bahia, onde se torna estrela, aos quinze anos, de seus Bailes Soul. Depois em Brasília (hoje grande centro do Hip Hop nacional) e ainda para São Paulo, em 1976, onde forma o Grupo Black Soul Brothers.

A chamada cultura Hip Hop caracteriza-se como um veículo de informação de questões raciais, sociais e políticas, debates que estiveram sempre presentes na história do povo que a originou (TRIUNFO, 2000).

Triunfo, outros pioneiros do Hip Hop e o produtor Milton Salles, por volta de 90, fundam o movimento Hip Hop organizado, chamado Mh20 (VIANNA, 1997).

Já para Rocha et al (2001) a conscientização da cultura negra no Brasil foi iniciada por Gerson King Combo e seus companheiros, embalando com o Soul e o Funk os jovens do Rio de Janeiro, com consciência da carga socialmente cultural que o Hip Hop trazia. Nelson Triunfo e seus companheiros, em São Paulo, antecipavam a visão do que o Hip Hop pregaria tempos depois, pois dançavam por diversão e busca da auto-estima.


Conforme o Brasil descobria videoclipes, como os de Michael Jackson, e filmes, como "Flashdance", ou ainda, a partir do momento em que a sociedade absorveu a nova informação pelos canais oficiais, ou pela mídia de massa, suas barreiras e preconceitos perante a cultura e a dança diminuíram (ROCHA et al, 2001).

Com tal explosão, a cultura sai dos guetos para o mundo e invade aulas de dança acadêmicas, aulas de ginásticas em academias conceituadas e o mercado fonográfico, através de suas músicas (LOPES, 1999; ROCHA et al, 2001).

Como lembra Gonzaga (2000), vários profissionais, então, passam a se utilizar dessa nova forma de expressão e trabalho físico, trazem diversos estilos de aulas às academias como, Cardio-jazz, Cardiofunk, Low Funk, Street Dance, Funk-fitnees, Hip Hop, dentre outros nomes dados às aulas3 derivadas desse movimento da cultura negra - o Hip Hop.

Rocha et al (2001) nota que, nas escolas, os quatro elementos passaram a ser muito utilizados em aulas de Língua Portuguesa (letras de músicas Rap), em aulas de Artes (o Graffiti) e em aulas de dança (o Street Dance). Exemplifica com a passagem da dona de casa Simone, mãe de três filhas que dançam numa escola da Grande São Paulo. Simone, inicialmente, diz não ter gostado, mas mudou sua opinião depois que percebeu a importância que tinha na vida das garotas. Da mesma forma, B.Boys e B.Girls, que trabalhavam em escolas da periferia de São Paulo, conseguiram se aproximar de questões de difícil acesso aos educadores convencionais. Em vez de violência, estabeleciam-se competições saudáveis, como os chamados "rachas", e as crianças tidas como problemáticas, sublimando seus problemas familiares e sociais, melhoraram seu comportamento (ROCHA et al, 2001).

Desse modo verifica-se o quanto o Street Dance pode contribuir nas Universidades e na Educação Física através de conteúdos referentes à dança e da educação pela proximidade e interação com o público.

Pela imensa aceitação atual do Street Dance nos meios educacionais, esportistas, midiático e de entretenimento, os futuros professores universitários vinculados a essa dança carregam um elemento de grande potencial, conteúdo e valia. Daí a importância do estudo dos mesmos.








terça-feira, 11 de setembro de 2012

O poder feminino

Quem dança expressa toda a força de sua personalidade, deixando aflorar a sensualidade feminina.

Através de movimentos sinuosos, circulares, arredondados, formas geométricas infinitas que nos reportam ao feminino essencial e sua representação cósmica, a mulher consegue trazer essa força simbólica e arquetípica para seu corpo e sentí-la em sua alma. Quanto maior for a consciência com relação aos movimentos interiores, mais profunda será sua experiência.

A dança pode ser um veículo que coloca novamente as pessoas em contato com sua criatividade, com os sonhos e esperanças. Acima de tudo, ela transmite uma linguagem simbólica rica, material vindo diretamente do inconsciente. Portanto, a dança possibilita externalizar nossos conteúdos internos. É o inconsciente que se torna consciente.


Existem vários padrões ou modelos de feminilidade...


Toni Wolff, discípula de Carl Jung, desenvolveu uma tipologia para a mulher.

A sua tipologia descreve quatro tipos femininos, quatro arquétipos femininos:

A Amazona, a Hetéra , a Mãe e a Mediadora.

AMAZONA


é a guerreira,
a mulher independente, livre,
é a mulher que "vai a luta",
Artemis, a mulher forte.
é a natureza, a xamanista, a caçadora, amante dos ermos, a senhora das feras e a aventureira.
A Amazona possui a característica da temperança, é a dominadora.


A HETÉRA

é a mulher sensual, sedutora, atraente.
A Hetéra é Afrodite, que carrega consigo a sexualidade,
a sensualidade, o romance,
a beleza e a paixão.
Para ela o corpo é sagrado,
sendo também ela a concubina, a patrocinadora das artes e a rainha dos salões.
A Hetéra é a mulher sensual e atraente.

A MÃE


é a mulher maternal,
a "mãezona", toda voltada para o lar e os filhos. A Mãe é Hera,
a mulher matriarcal e voltada para o lar, para a família e o casamento.
É a deusa protetora dos casais, e que tem ciúmes do marido.
A Mãe é a mulher maternal e super-mãe, de seus proprios filhos e dos filhos que o Mundo lhe empresta.

A MEDIADORA


A mulher Mediadora é racional, serena, pacífica, equilibrada, centrada.
A Mediadora é Atena, a civilização, se relaciona com educação, cidade, cultura, carreira, profissão, competição, intelectualidade e a racionalidade. A justiça é a característica básica da mulher Mediadora.
Atena é a deusa racional, nascida da cabeça de Zeus.
Também é a mulher sábia, centrada, racional e serena que possui calma, serenidade, sensatez, ordem, objetividade.
A Mediadora é a mulher "antiga", sábia e centrada.

Toda mulher possui esses arquétipos inseridos em sua psique, sendo que um deles (ou mais de um) pode estar evidenciado, ao mesmo tempo em que outro (ou outros) pode estar reprimido. Cada um desses modelos-padrão pode também se constelar à medida em que a mesma evolui ao longo da vida.


A mulher, portanto, deve procurar se conscientizar do arquétipo ou arquétipos que são vivenciados a nível exterior, e os que possam estar inconscientes ou mal resolvidos, afim de uma maior integração consigo mesma e com a própria vida.

A Dança imita a vida, ou seja, quando dançamos podemos externalizar, conscientes ou não , estes arquétipos. Por exemplo, numa entrada em cena de uma música clássica, o arquétipo que buscamos pode muito bem ser de uma Ártemis, precisa, guerreira, altiva. Já num momento lento da mesma música, podemos buscar sermos como Afrodite. O que estará refletido em nossa postura corporal. Ártemis pede a caebça altiva, postura extremamente elegante. Já Afrodite , nos pede um "desmontar", um movimento de cabeça mais sinuoso e relaxado, languido. Bailarinas que dança a música toda como Ártemis nos passam força, sim, mas deixam a desejar em sensualidade. O contrário também é perigoso, Afrodite em excesso pode tornar a dança picante, apimentada demais. O ideal é permitir que todos os arquétipos possam passear em sua dança de maneira sutil e delicada.

Trazer poesia e obras de Arte para sua Dança fará com que você consiga transmitir mais riqueza de intenções e sentimentos, compartilhando beleza e Arte com seu público, de forma a ser um diferencial em sua performance e em sua vida.

(Fonte: yasmineamardance.blogspot.com.br)

Uma dança espiritual

“... Ela caminhava com os pés descalços... Ela dançava agora para seu próprio deleite, num torvelinho em harmonia... Uma dança espiritual que nem o caráter comercial, nem a reprovação religiosa, nem mesmo a mudança dos novos tempos poderiam alcançar e, apagar a chama.”
 (Wendy Bonaventura – The Serpent Of The Nile)

DANÇA ORIENTAL: REEDUCAÇÃO DA MULHER




A Dança Oriental é uma das únicas atividades físicas pronta para respeitar a forma, a saúde e os ritmos do corpo feminino. Ela pode manter a mulher integrada a sua verdadeira natureza, que é instintiva, intuitiva e criativa, sem que esta se torne fisicamente fraca.

O foco dessa dança encontra-se na região ventral, o centro de equilíbrio do corpo!

Seus movimentos ora circulares, ora stacatos tocam lugares adormecidos, ativam novas células e nos impulsionam a lugares dentro de nós mais sutis. Em seu processo de aprendizado esses movimentos vão condicionando e alongando as fibras musculares definindo as curvas do corpo feminino

...A cabeça representa nobreza, a face expressa beleza onde os olhos são as janelas da alma. O ritmo é respiração. Ritmo é o que nos ensina harmonia e sabedoria...

..Os braços pré-supõem asas, a coluna a sábia serpente...Ondular, soltar as articulações, flexibilizar-se em todas as áreas da vida, e no corpo, com efeito, através de exercícios que libertam as articulações, ganhamos consciência e nos tornamos leves e sensualmente mais femininas.

Fortes batidas, tremidos e vigorosidade para a pelve e para os quadris.

São eles que guardam o poder do sangue, nosso cálice sagrado... Dançá-lo nos leva a compreender que de fato o ventre feminino contém o segredo para a cura da solidão e a promessa do novo tempo!

Soltá-lo para a dança, soltá-lo para a vida dão versatilidade, liberdade, condicionamento muscular para glúteos e pernas. Com criatividade individual pode beneficiar o desempenho na relação íntima para um prazer maior a dois. A prática de seus movimentos assegura a vitalidade do assoalho pélvico, crucial para a saúde do útero e outros orgãos...

Assim dançando vamos aprendendo a linguagem do corpo...

Dançando podemos lembrar as pessoas como tudo que nasce, deve morrer e renascer novamente.

Nesta direção a mulher aprende a reverenciar seu corpo como um templo, a reconhecer seus instintos femininos como sagrados e a reintegrar a sensualidade sadia em seu modo de ser, sem sentir culpa por isso...

A Dança Oriental, sem dúvida, é a celebração da Vida!

(Autora: Dúnia La Luna)



Mulher: ame seu ventre!




Sabe aquela barriguinha localizada um pouco acima do púbis que ás vezes nos incomoda quando colocamos uma calça de cintura baixa ou quando vestimos o biquíni e que aparece linda e generosa no espelho? Pois é! Aí é que está nosso sagrado útero bem como nossos órgãos femininos internos responsáveis por nos dar o gênero de MULHER. Portanto, quando dizemos que queremos eliminar a barriguinha estamos amaldiçoando nosso “vaso sagrado” e tudo o que ele contém.

Do ponto de vista psicossomático isso pode gerar as famosas cólicas menstruais, dores no ato sexual, as prisões de ventre, dentre outras manifestações negativas em nosso corpo porque nosso receptáculo está em desarmonia com um falso senso de estética.

Reconhecer nosso ventre como centro de nosso poder feminino é estar em harmonia com a Deusa Interior. Por ele passa um friozinho toda vez que nos aproximamos do amor, ou quando estamos em perigo; ele nos dá vários sinais de cumplicidade e abriga a nova forma de vida.

Tocar o ventre é um ato de amor com a própria natureza feminina, experimente massageá-lo todas as vezes que sentir sua auto-estima baixa. Seu corpo agradece!

(Fonte: somostodosum.ig.com.br)



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Você precisa amar e ter paixão...

Você não pode apenas gostar da dança, porque isso não é suficiente. Precisa amar e ter paixão. Se você não estiver muito apaixonado e amando realmente, você não resiste. O caminho da criação é prazeroso, poré muito árduo, pois sempre temos um tempo para cumprir. Essa é a crueldade com que precisamos saber lidar. Disciplina, dignidade e humildade, são 3 ingredientes que sempre devemos ter à mão.
(Oswald Berry)

Amo dançar!



E sei que não é um amor simplesmente...
É sentir pelo corpo o som da música...
É exalar movimento pelos poros...
É chegar à exaustão e não parar...
É sentir o coração mais forte a cada giro...
É se apaixonar novamente a cada passo...
É amar a vida e viver para amar...
Pois sem a dança a vida fica vazia.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Oração da Bailarina

A BAILARINA


Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si, mas fecha os ohos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu.

Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.

(Cecília Meireles)







A Última Dança


"Descobri a dança.
Estava apaixonada.
Dançando eu voava, eu me desintoxicava.
Os movimentos tinham cores.
Vermelho, azul e verde.
Era como se minha alma saísse com o meu suor.
Eu era outra pessoa no palco por causa da dança.
Eu sentia como se pudesse colocar na minha dança minha alma.
Como se só existisse a minha alma.
E aquilo valia a pena, porque era para a minha alma."

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dicionário do Ballet


Adage, Adagio - Adage é uma palavra francesa derivada do italiano AD AGIO e significa devagar ou com descanso.
Os professores ingleses de ballet usam ADAGE, a adaptação francesa, enquanto que os americanos
preferem o original italiano. No ballet esta palavra tem duas significações:

1) uma série de exercícios do centro, consistindo de uma sucessão de movimentos lentos e graciosos que podem ser simples ou de caráter muito complexo, executados com fluidez e aparente facilidade. Estes exercícios desenvolvem a capacidade de sustentação, a estética, o equilíbrio e a pose correta, o que permite ao bailarino executar movimentos graciosos e certos. Os principais passos do adágio são pliés, développés, grand fouettés en tournant, dégagés, grands rond de jambes, rond de jambe en l'air, coupés, battements tendus, attitudes, arabesques, preparação para piruetas e piruetas;

2) a abertura do clássico pas-de-deux no qual a bailarina, ajudada pelo parceiro masculino, executa os movimentos lentos e o bailarino levanta, sustenta ou transporta a bailarina. Esta, assim amparada, pode então exibir sua graça, sua linha e seu perfeito equilíbrio, executando développés, piruetas, arabesques etc., e consegue combinações de passos e poses que seriam impossíveis sem a ajuda do partner.

Air, en l' - No ar. Indica:
1) que um movimento vai ser feito no ar, por exemplo, rond de jambe en l'air;

2) que a perna em movimento (após ter sido aberta na segunda ou na quarta posição) será levantada a uma posição de 45ª, 90ª ou 120ª.

Allegro - Vivo, esperto. Para todos os movimentos brilhantes e vivos. Todos os passos de elevação tais como entrechats, cabrioles, assemblés, jetés etc. obedecem a esta classificação. As qualidades mais importantes que se deve ter em mira num allegro são a leveza, a suavidade, o balanço e a vivacidade.

Allongé - Alongado, estendido, esticado. Exemplo: arabesque allongé.

Aplomb - Aprumo. Dá-se o nome de Aplomb à elegância e ao controle perfeito do corpo e dos pés,
conseguido pelo bailarino ao executar o movimento.

Arabesque - Arabesco. Uma das poses básicas do ballet, que tira o seu nome de uma forma de ornamento mourisco. No ballet, é uma posição do corpo, apoiado numa só perna que pode estar na vertical ou em demi plié, com a outra perna estendida para trás e em ângulo reto com ela, sendo que os braços estão estendidos em várias posições harmoniosas criando a linha mais longa possível da ponta dos dedos da mão à dos pés. Os ombros devem ser mantidos retos em frente à linha de direção. Os arabesques são geralmente empregados para concluir uma fase de passos, tanto nos movimentos lentos do adágio como nos movimentos vivos e alegres do allegro. Clique aqui para visualizar essa posição.

Arriére, En - Para trás. Uma direção para a execução de um passo. Expressão usada para indicar
que o passo é executado em direção oposta ao público.

Arrondi - Arredondado, curvo. Exemplo: battement arrondi.

Assemblé - Juntos ou reunidos. Um passo no qual um pé escorrega pelo chão como num tendue, é jogado ao ar, e nesse momento, o bailarino levanta a perna de apoio, esticando os dedos dos pés.
Ambas as pernas vão ao chão, uma após a outra, em 5ª posição.

Attitude - Uma determinada pose do ballet tirada por Carlo Blasis da estátua de Mercúrio por Jean Bologne.
É uma posição numa perna só com a outra levantada para trás com o joelho dobrado num ângulo de
noventa graus e bem virada para fora para que o joelho fique mais alto do que o pé.
O pé de apoio pode ser à terre, sur la pointe ou demi-pointe. O braço do lado da perna levantada é
mantido por cima da cabeça numa posição curva enquanto que o outro é estendido para o lado.
O attitude também pode ser com a perna levantada para a frente.

Avant, En - Para a frente. Uma direção para a execução de um passo. Usado para indicar
que um determinado passo é executado para a frente. exemplo: assemblé en avant.

Balancé - Passo balançado. Este passo é muito parecido com o passo de valsa e é uma alternativa de balança, passando o peso de um pé para o outro. O balancé pode ser feito cruzando o pé na frente ou atrás.
Quinta posição, pé direito para frente. Demi-plié, dégagé o pé direito para a segunda posição e
desloca sobre o mesmo levemente em demi-plié cruzando o pé esquerdo atrás do tornozelo direito e inclinando a cabeça e o corpo para a direita. Pisa no pé esquerdo demi-pointe atrás do pé direito levantando este ligeiramente, e depois deixa-se cair novamente sobre o pé direito em demi-plié
com o pé esquerdo levantado com um cou-de-pied atrás.

Balançoire, En - Como uma gangorra. Termo aplicado a um grande battement quando executado com um movimento contínuo de balanceio da quarta posição na frente ou atrás, passando por aquelas posições na primeira. O movimento é o mesmo que en cloche.

Ballon - Bola. Pulo elástico. Uma qualidade leve e elástica dos movimentos do bailarino como os suaves pulos de uma bola de borracha.

Balloné - Pulando como uma bola. O bailarino pula executando simultaneamente um battement depois cai em demi-plié na perna de sustentação.

Ballotté - Jogado, atirado. Um alegre passo atirado que requer muito equilíbrio, ballon e épaulement.
Também é chamado de Jeté bateau.

Bas, En - Em baixo. Usado para indicar uma posição baixa dos braços. Exemplo: quinta posição em baixo.

Battement - Batida. Uma ação de batida da perna estendida ou dobrada. Há dois tipos de batidas,
grandes e pequenas. As pequenas batidas são: battements tendus, dégagés e relevés: esticados, apartados, batidos e levantados.

Batterie - Bateria. O termo técnico francês para passos batidos. Um termo coletivo significando
todo o vocabulário das batidas. Qualquer movimento no qual as pernas batam juntas ou uma
perna bata de encontro à outra, a batida sendo efetivamente feita com a barriga das pernas.
Ambas as pernas devem ficar igualmente esticadas durante uma batida. Nunca se bate com uma perna
enquanto a outra está passiva. A bateria é dividida em grande bateria e pequena bateria,
segundo a elevação, grande ou pequena.

Battu - Batido. Qualquer passo embelezado com uma batida é chamado de pas battu.
Exemplo: assemblé battu.

Bras - Braços.

Bras au repos - Braços em repouso. Uma posição preparatória dos braços usados no método francês.

Os braços são ligeiramente arredondados e mantidos nos lados com as pontas dos dedos tocando apenas as coxas.

Bras bas - Braços baixos. Esta posição é o atenção dos bailarinos.

Os braços formam um círculo com as palmas da mão de frente uma para a outra e as costas das mãos repousando nas coxas. Os braços devem ficar pendurados livremente mas sem permitir que os cotovelos toquem no corpo.

Brisé - Partido. É feito dessus, dessous, en avant e en arrière. Fundamentalmente, um brisé é assemblé batido em movimento. A perna em movimento arrasta-se da quinta posição para a segunda en l'air de forma que a ponta do pé fique a alguns centímetros do chão, bate na frente ou atrás da outra perna que se deslocou ao encontro dela, em seguida ambos os pés voltam ao chão simultaneamente em demi-plié na quinta posição.

Cabriole - Um passo saltitante onde o dançarino bate as duas pernas juntas no ar.
A perna de sustentação vai de encontro com a de movimento.

Cambré - Arqueado. Dobrar o corpo a partir da cintura, para a frente, pra trás ou pra os lados,
a cabeça acompanha o movimento.

Centre practice - Exercícios feitos no centro.

Chainés - Uma série de voltas rápidas na ponta ou demi-pointe feitos em linha reta dentro de um círculo.

Changements de pieds - Troca de pés. Passos saltitantes na quinta posição onde os pés são trocados no ar.

Changer de pied - Indica que os pés no fim de um passo devem ser trocados.

Chassé - Um passo no qual um pé lateralmente caça o outro para fora da sua posição.

Ciseaux - Um movimento em forma de tesoura abrindo-se as pernas numa posição ampla e en l'air cortando com ambas o ar, cruzando com um movimento brusco uma das pernas levando-a esticada da frente para trás.

Cloche - O pé passa da frente para trás através da primeira posição, seja num jeté ou tendue, por exemplo.

Collé - Pernas coladas uma na outra.

Contretemps - Contratempo. Passo composto de um coupé chassé, temps levé, chassé passé. 5ª posição, direita em frente; coupé com a perna esquerda, chassé en avant com a direita, um temps levé sobre a perna direita, com a esquerda atrás em arabesque, e um chassé passé com a esquerda terminando em 4ª allongée,
com o peso sobre a perna esquerda em demi plié e a direita atrás em degagé a terre.

Coté, De - De cabeça. Exemplo: balancé de coté.

Cou-de-pied - Peito do pé. A parte do pé entre o tornozelo e a base da panturrilha é chamada de cou-de-pied.

Coupé - Um passo intermediário feito como preparação ou impulso para algum outro passo. Um pé corta o outro afastando-o e tomando seu lugar.

Croisé - Cruzado. Uma das direções dos ombros. O cruzamento das pernas com o corpo colocado
em ângulo oblíquo em relação ao público.

Déboulés - Rolando como uma bola. Um passo onde o bailarino dá várias voltas em torno de si mesmo avançando para o ponto onde sua cabeça está fixada. A cabeça deve girar antes do corpo. É feito em demi-pointe ou em pointe.

Dedans, En - Para dentro. Em passos e exercícios o termo en dedans indica que a perna, à terre ou en l'air, se mexe em movimento circular em sentido anti-horário de trás pra frente. Por exemplo, em rond de jambe à terre en dedas. Em pirouettes o termo indica que a pirouette é feito para dentro em relação à perna de base.

Dehors, En - Para fora. Em passos e exercícios o termo en dehors indica que a perna, à terre ou en l'air, move em uma direção circular, em sentido horário de frente pra trás. Por exemplo, em rond de jambe à terre en dehors. Em pirouettes o termo indica que uma pirouette é executada com a perna bem aberta, para fora.

Demi-bras - Braços baixos.

Demi-plié - Joelhos meio dobrados. Todos os passos de elevação começam e terminam com um demi-plié. Ver plié.

Derriére - Atrás. Este termo pode referir-se a um movimento, passo ou a colocação de um membro atrás do corpo. Com referência a um passo determinado.

Dessous - Para trás. Indica que o pé que trabalha passa atrás do pé de base.  Por exemplo, em pas de bourrée dessous.

Dessus - Para frente. Indica que o pé que trabalha passa à frente do pé de base. Por exemplo, em pas de bourrée dessus.

Détiré - Destender. Uma esticada da perna sustentando-a pelo calcanhar com a mesma mão correspondente à perna em movimento. Este exercício é feito geralmente na barra.

Détourné - Desvirado de lado. Um détourné é uma volta para trás na direção do pé de trás invertendo
a posição dos pés. É sempre feito nas pointes ou demi-pointes. Há duas formas de détourné:
demi-détourné e détourné completo, girando uma meia volta no pé da frente em direção ao de trás,
e conservando o pé de trás ligeiramente levantado ainda atrás. Coloca o pé de trás na demi-pointe
com fondu e acaba a volta com um demi-détourné.

Devant - Na frente. Este termo refere-se a um movimento de passo ou à colocação de um membro
na frente do corpo. com referência a um passo determinado, exemplo: jeté devant, o acréscimo implica que a perna em movimento é fechada na frente.

Développé - Desenvolvido. Um développé é o movimento feito a partir de um retiré onde a perna
é levantada para a frente, ou lado, ou trás, mantendo-a na posição.

Diagonale, En - Em diagonal. Indica que um passo deve ser feito deslocando o corpo em diagonal.

Divertissement - 1. Uma seção de danças no balé que não tem nehuma conexão com o enredo, por exemplo, a dança das fadas, em "A Bela Adormecida", 3º Ato, ou "Camponês", pas de deux em "Giselle" 1º Ato.

2. Uma curta dança ou trecho de um longo balé como uma parte separada em determinado programa.

Écarté - Separado, apartado. O écarté é uma posição especial do corpo quando este fica diagonalmente
em direção ao público com os braços e pernas alinhados. Uma das pernas fica à la secondé e os braços
em posição de atitude, sendo que o da perna esticada é o mais baixo.

Échappé - Um échappé é um passo de salto, onde os dois pés pulam fechados em quinta e
trocam de lugar no ar, acabando em demi-plié no chão. Dependendo do caso, échappés são feitos
da segunda para a quarta posição, os dois pés em distâncias iguais do centro original de gravidade.

Effacé - Uma posição do corpo onde o dançarino se vira para o lado do público.

Entrechat - Um passo no qual o bailarino pula no ar e cruza rapidamente as pernas atrás uma da outra.
Existe o entrechat deux (um cruzamento), quatre (dois cruzamentos), six (o pé da frente bate uma vez no ar no pé de trás e cai trocando os pés), cinq (igual ao quatre, porém a caída é sobre um pé, sendo que o outro fica sur le cou-de-pied), trois e sept (igual ao six, mas a descida é sobre um pé, sendo que o outro é sur le cou-de-pied).

Enveloppé - Uma rotação do corpo para dentro sobre a perna de apoio enquanto a outra a envolve.

Épaulement - Um ligeiro movimento dos ombros, em croisé ou effacé, em relação à cabeça e às pernas, utilizadas principalmente no balé clássico, particularmente nas escolas Italianas, Russas e Britânicas.
Na velha França e nas escolas Dinamarquesas é raramente usado.

Exercices au milieu - Exercícios no centro.

Face, De - De frente, completamente de frente para o público.

Failli - Falho. Um movimento rápido feito em um só tempo. De um demi-plié na quinta posição,
pula com os pés juntos e, no ar, vira-se deixando o ombro esquerdo para a frente. No ar, a perna de trás
abre para trás e, ao cair, escorrega para a frente, enquanto a perna da frente fica em demi-plié.

Flic-flac - A preparação desse passo é um tendue à la seconde sendo que a perna de apoio está em demi-plié. A perna do tendue cruza para trás da outra perna enquanto esta se levanta para girar, depois dá uma raspada no chão, e fecha em coupé.

Fondu, Fondue - Descida, derretido. Um termo utilizado para descrever a baixa do nível do corpo
através da dobradura dos joelhos da perna de base. Saint-Léon escreveu "Fondu é em uma perna
enquanto plié é em duas". Em alguns instantes o termo fondu também é utilizado para descrever
a finalização de um passo quando a perna que está trabalhando vai ao chão em um movimento suave.

Fouetté - Um passo giratório, geralmente feito em série, onde a perna que está trabalhando
é jogada para o lado em rond de jambe (vide) e enquanto o dançarino gira sobre a perna de base,
mantendo a perna elevada. Os 32 fouettes executado por Odile em "O Lago dos Cisnes",
3º Ato são a mostra o toque da virtuosidade feminina.

Frappé - Batido ou bater.

Gargouillade - Também chamado rond de jambe double. O passo é um pas de chat com um
rond de jambe en l'air, este último feito com a perna que pula primeiro.

Glissade - Deslizamento. Um passo onde, da quinta posição em demi-plié, é feito um jeté à la seconde
com a perna da frente, tomando impulso para um pequeno salto onde a perna de trás fecha na frente.

Glissé - Escorregando, deslizando.

Hauter, À la - Para o alto. Uma posição na qual a perna em movimento é levantada em ângulo reto com os quadris.

Jeté - Jogado, atirado. Um pulo de uma perna para qualquer direção.
Existem vários tipos de jetés: grand jeté, jeté fondu, fermé de coté, en tournant e vários outros.

Pas couru - Corrido. Um passo corrido é freqüentemente usado para ganhar impulso para um grande pulo
tal como um grand jeté. É composto de três passos corridos seguido do passo para o qual serve de trampolim.

Pas de basque - Passo de Basque. Um passo característico das danças tradicionais dos bascos.
É um passo alternado em três tempos com um movimento largo de lado a lado. O movimento pode ser feito sauté ou glissé deslizado.

Pas de bourée - Existem vários tipos de pas de bourée, mas basicamente consiste em, de uma posição qualquer, o pé de trás pisar em demi-pointe ou sur les pointes onde estava, para então a outra perna
se dirigir para o seu lado, pisando em seguida no chão e sustentando a outra perna, que vai de encontro à esta para fechar em 5ª posição.

Pas de chat - Um salto rápido e preciso, fechado em quinta ou em terceira posição. Através de um demi-plié, as duas pernas pulam e ficam dobradas no ar ao mesmo tempo que avançam de lugar. Os pés permanecem esticados.

Pas de cheval - Passo de cavalo. Consiste em "raspar" a ponta do pé esticado no chão, pulando graciosamente quando mudar de perna.

Pas de deux, Grand - Dança a dois. Diferente do pas de deux simples que tem uma estrutura definida. Em regra geral o grand pas de deux divide-se em cinco partes: Entrée, Adage, Variation para o bailarino,
Variation para a bailarina e o Coda, no qual os dois dançam juntos.

Pas marché - Passo de marcha. O termo significa um andar altivo e nobre. Quinta posição, pé direito à frente. Faça um developpé para a frente com o pé direito, coloque-o no chão em demi-plié,
quarta posição e continue alternando as pernas.

Passé - Um movimento auxiliar no qual o pé da perna que está em movimento passa pelo joelho da perna de apoio, de uma posição para outra.

Pas de valse - Passo da valsa. É feito com um gracioso balanço do corpo e diversos movimentos com o braço. Pode ser feito de frente ou en tournant.

Penchée, Penché - Inclinar para a frente, levantando a perna de trás, e fazendo o possível para as costas não descerem. No arabesque penché, o corpo deve formar uma linha reta.

Piqué - Nesse passo deve-se tocar diretamente com a pointe ou demi-pointe do pé que está em movimento em qualquer direção ou posição desejada com o outro pé suspenso no ar.

Pirouette - Rodopiar ou girar rapidamente. Uma volta completa do corpo sobre um pé em demi-pointe ou pointe, sendo conseguida a força impulsora pela combinação de um plié com movimento de cabeça (spotting).

Plié - Uma dobra de joelhos ou joelho. Este exercício torna as juntas e os músculos mais flexíveis
e maleáveis bem como tendões mais elásticos. Existe o plié, que é uma dobra não muito acentuada dos joelhos, e o grand plié, onde a dobra dos joelhos é bem acentuada, levantando os calcanhares
quando já perto do chão na 1ª, 3ª e 5ª posição.

Pointe - A ponta do pé. As mulheres, e raramente os homens, dançam sobre a ponta dos pés em sapatilhas. A introdução dessa técnica no início do século XIX tornou possível o desenvolvimento da virtuosidade feminina, como múltiplos fouettés e sustento em uma só perna. Meia ponta é quando o (a) dançarino (a) se eleva com os dedos tocando o chão e o resto do pé elevado.

Port de bras - 1) um movimento ou série de movimentos feitos com um braço ou braços em diversas posições.

A passagem dos braços de uma posição para outra.

2) termo para um grupo de exercícios que torna o movimento dos braços mais gracioso e harmonioso.

Promenade, En - Indica que a bailarina roda vagarosamente em um pé sur place com um ligeiro movimento do calcanhar para o lado desejado mantendo uma pose definida.

Relevé - Elevado. Uma elevação do corpo em pontas ou meia pontas, ponta ou mei -ponta.
Há duas maneiras de execução para o relevé. Na Escola Francesa, relevé é feito suavemente,
uma contínua elevação enquanto Cecchetti e a Escola Russa o usavam como um passo ágil.
Relevé deve ser feito em primeira, segunda, quarta e quinta posição, en attitude, en arabesque, devant, derriére, en tournant, passé en avant, passé en arriére e assim por diante.

Retiré - Uma posição na qual a coxa é levantada para cima de modo que a ponta do pé fique encostada levemente no joelho.

Rond de Jambe - Movimento da perna em círculo. Ronds de jambe são usados como exercícios na barra, no centro e em adágio e são feitos à terre ou en l'air e pode ser sauté ou relevé.

Seconde, A la - Em segunda. Termo para indicar que o pé deve ser ou está colocado na segunda posição ou que está ao lado.

Sissone - Um salto dos pés caindo em um pé com a perna trabalhada estendida para o lado,frente ou atrás num movimento parecido com o de uma tesoura.

Soubressaut - Um salto dado da quinta posição para frente (en avant, croisé ou ouvert en avant). Quando o corpo está no ar os joelhos e as pontas estão esticadas, o pé da frente deve esconder o pé de trás. Caia simultaneamente com os dois pés na quinta posição com o mesmo pé à frente que iniciou o salto.

Sous-sous - Sous-sous é um relevé na quinta posição. Os pés devem ficar bem juntos no momento de se levantar nas pointes ou demi-pointes.

Spotting - Este termo é dado ao movimento da cabeça em pirouettes, déboulés, fouetté ronds de jambe en tournant, etc. Nessas voltas a bailarina escolhe um ponto fixo à frente e ao rodar a cabeça deve fixar sempre o ponto de referência sendo a última a estar na direção deste ponto fixo e a primeira a se encontrar nesta direção enquanto o corpo completa a volta. Este movimento muito rápido da cabeça dá a impressão de que o rosto está sempre virado para a frente, evitando a tontura.

Temps levé - Tempo levantado. Um temps levé consiste de um salto para cima e a volta para o mesmo lugar, sempre sobre uma perna só, com a outra em qualquer posição (na figura em coupe derriére);
como em qualquer passo de salto inicia-se com o demi plié e também termina com o demi plié.

Tendu - Ver battements.

Tombée - Termo usado para indicar que o corpo cai para frente ou para trás na perna de movimento num demi-plié.

Variation - Variação. Dança a um no ballet clássico.

Volée, De - Indica que um passo específico deve ser dado com um movimento de vôo.

Voyagé - Indica que um passo específico deve ser dado com uma certa pose, geralmente em arabesque.
O pé de apoio faz uma série de pequenos saltos caindo com o pé (em demi-plié) e com o calcanhar
ligeiramente levantado. O calcanhar é colocado no chão com um suave fondu.

Fonte: Dicionário de Ballet, Madeleine Rosay.