sexta-feira, 14 de março de 2014

DANÇA COMO EXPRESSÃO DO SAGRADO NA ATUALIDADE

Atualmente não se vê mais a dança como ato sagrado, religioso, sacramental. A dança caiou no gosto popular, disseminou-se pela mídia, assim, tornando-se atividade física, lúdica e benéfica à saúde pelos fins curativos, uma vez que é antídoto para os malefícios da alma. Há inúmeras escolas de dança, diversas formas de expressar-se através do movimento, concursos, mostras culturais, causas essas que puseram fim a dança como ato ritualístico, pois, conforme Wosien, 1996, “quando o rito se transforma em mero espetáculo que tenta exercer influência sobre o homem, ao invés de comungar com Deus, destrói-se e seu poder universal de desintegra”. As danças árabes, por exemplo, nasceram como forma de rituais de fertilidade, onde somente as mulheres dançavam, tendo diversas formas de celebração, como casamentos, por exemplo, dançava-se com um candelabro na cabeça, no ritmo ZAFF, em forma de bênção e prosperidade ao casal. Não obstante, conforme DANTAS, já no século XVII, Luís XIV profissionalizou a dança e o balé tinha como público alvo a elite. Assim, a dança foi perdendo sua característica ritual passando a ser, antes de tudo, profissional.

Cíntia Duarte

REFERÊNCIAS 

             WOSIEN, Maria-Gabriele. Danças Sagradas: Encontro com os deuses. MADRID: Edições Delprado. 1996.

DANTAS, Mônica. Toda mudança desse dia, uma dança. In: II Encontro Nacional de História do Esporte, Lazer e Recreação, 1994, Ponta Grossa. Coletânea do II Encontro Nacional de História do Esporte, Lazer e Recreação. Ponta Grossa: Universidade Federal de Ponta Grossa, 1994. p. 105-115.

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