quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Dançar de uma Deusa


      A música é suave, envolvente.
O clima da dança é mágico como num conto das mil e uma noites.
No ar, os incensos perfumados relaxam o corpo e a mente.
A mulher se prepara para a dança, enfeita-se, veste-se com belíssimo traje de tecido leve e brilhante.
Seus véus esvoaçam diáfanos, como se fossem levados pelo vento.
A delicadeza de suas mãos e de seus gestos parecem transformá-la em uma criatura celestial.
Seu corpo dança, sinuoso como uma serpente, como se deslizasse suave ao som de uma flauta.
A expressão de seu rosto é de felicidade, seu semblante reflete esplendor, beleza e feminilidade divinos.
Tudo nela é suave, delicado, mas seus olhos são fortes, possuem um magnetismo desconcertante e cheio de mistérios.
Meio em transe, se entrega ao ritmo da dança.
Não importa se é gorda ou magra, feia ou bonita, idosa ou jovem – sabe apenas que é mulher, feminina, sensual, plena, cheia de vida e energia.
A dança revela seu mistério num olhar, num gesto, num sorriso, num jeito de jogar os cabelos, no andar, no brilho da aura de quem está de bem com a vida e não tem medo de ser feliz.

(Sueli Lyz)

LYZ, Sueli. Dança do ventre: Descobrindo sua Deusa Interior. Ed. Berkana.



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